Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira

Os futuros das ações dos EUA caem, enquanto os mercados de Wall Street se preparam para reabrir após um feriado na segunda-feira. Os resultados do Goldman Sachs (NYSE:GS) e do Morgan Stanley (NYSE:MS) estarão em foco, juntamente com um discurso do dirigente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Christopher Waller. No noticiário corporativo, Elon Musk pede maior participação na Tesla, dizendo que preferiria desenvolver produtos fora da montadora de veículos elétricos se sua fatia na empresa não for aumentada. No Brasil, ações da Gol (BVMF:GOLL4) despencam após notícias de que a companhia aérea estuda entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

1. Futuros de ações dos EUA em baixa; Waller, do Fed, falará

Os futuros das ações dos EUA estavam no vermelho na terça-feira, com os investidores se preparando para um novo lote de balanços dos principais bancos do país.

Às 7h55 (de Brasília), o contrato Dow futures havia caído 0,5%, o S&P 500 futures caiu 0,6%, e o Nasdaq 100 futures 0,7%.

As principais bolsas dos EUA ficaram fechadas na segunda-feira para o feriado de Martin Luther King Jr.

Hoje, os investidores devem ficar atentos aos resultados corporativos, que incluirão os números trimestrais de grandes instituições financeiras, com destaque para Goldman Sachs e Morgan Stanley. Ambas as empresas dependem de suas divisões de banco de investimento, o que significa que provavelmente será dada muita atenção ao desempenho dessas operações durante os últimos meses de 2023.

Na semana passada, o JPMorgan (NYSE:JPM), gigante de Wall Street, disse que tinha um pipeline “robusto” para sua unidade de banco de investimento, graças à esperança de cortes iminentes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o que alimentou uma recuperação mais ampla do mercado no final do ano passado. Sinais de vida na atividade de fusões e aquisições, recentemente adormecida, também surgiram quando os volumes de negócios em todo o setor aumentaram 19%, de acordo com os números da Dealogic citados pela Reuters. As taxas bancárias de investimento do JPMorgan aumentaram 13% no quarto trimestre, enquanto a receita dos mercados de renda fixa aumentou 8%.

Os investidores também se concentrarão em um discurso do dirigente do Federal Reserve, Christopher Waller, na terça-feira, que poderá fornecer pistas sobre a política monetária do Fed nos próximos meses.

Apesar de revelar uma previsão para as taxas de juros que foi mais dovish do que as projeções anteriores em dezembro, várias autoridades do Fed se opuseram ao otimismo do mercado de que começarão a reduzir os custos dos empréstimos já em março. Em vez disso, os formuladores de políticas sinalizaram que gostariam de ver mais evidências de que a taxa de inflação nos EUA está se arrefecendo constantemente para sua meta declarada de 2%.

A expectativa é que Waller faça uma avaliação da inflação e dos juros nos EUA quando fizer comentários no Brookings Institution em Washington.

Normalmente uma voz mais “hawkish” (rígida) no Fed, Waller disse em novembro que estava “cada vez mais confiante” de que a política monetária estava bem posicionada para “desacelerar a economia e levar a inflação de volta a 2%”. Mas observou que não havia “nenhuma razão” para dizer que o banco central dos EUA manterá as taxas em mais de duas décadas de alta, caso as pressões sobre os preços continuem a diminuir nos “próximos três a cinco meses”.

2. Musk quer ampliar fatia na Tesla

O fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou que só se envolveria nos projetos de inteligência artificial e robótica da empresa se aumentasse sua participação acionária na fabricante de veículos elétricos. Musk, apontado como o homem mais rico do mundo pela revista Forbes, declarou em um post na rede social X que pretendia ter cerca de 25% do poder de voto na Tesla (NASDAQ:TSLA).

Ele disse que essa medida, que elevaria sua fatia na companhia em quase 100%, lhe daria “influência, mas não o suficiente para ser intocável”. Musk indicou que, se não conseguisse ampliar sua participação, preferiria desenvolver produtos “fora da Tesla”.

O empresário do setor de tecnologia é um entusiasta do software de “Direção Autônoma Total” e dos protótipos de robôs humanóides da Tesla, embora a maior parte do faturamento da empresa ainda venha de suas atividades automotivas.

Atualmente, Musk detém cerca de 13% da empresa, após ter vendido uma parcela de suas ações em 2022 para financiar sua compra do Twitter, que depois foi rebatizado de X.

3. Trump arrasa nas convenções de Iowa

O ex-presidente Donald Trump conquistou uma vitória expressiva nas convenções de Iowa na segunda-feira, consolidando sua liderança na disputa pela indicação republicana à presidência dos Estados Unidos em 2024.

Segundo a agência de notícias Associated Press, Trump venceu com uma margem de cerca de 30 pontos, superando com folga seus adversários mais próximos: o governador da Flórida, Ron DeSantis, e a ex-embaixadora na ONU, Nikki Haley. A AP anunciou o resultado apenas meia hora depois do fim das convenções, evidenciando o domínio de Trump na noite.

A participação na primeira grande etapa da nomeação republicana do ano foi menor do que a registrada na última edição do Partido Republicano em 2016, em parte devido às temperaturas extremamente baixas e às condições precárias de trânsito que os eleitores enfrentaram.

Mas o resultado ainda impulsiona Trump para a primeira primária republicana em New Hampshire no final deste mês. A concorrência que o ex-presidente enfrenta também diminuiu – o empresário de biotecnologia Vivek Ramaswamy desistiu da campanha e declarou apoio a Trump.

4. Petróleo em alta em meio a conflitos no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiam na terça-feira, com os operadores de olho nos conflitos no Oriente Médio e no fornecimento de petróleo da região.

Às 7h55, os futuros do petróleo dos EUA foram negociados em alta de 0,51%, a US$ 73,16 por barril, enquanto o contrato do Brent subiu 0,87%, sendo negociado a US$ 78,83 por barril.

Sinais de que os recentes ataques a navios pelos rebeldes houthi apoiados pelo Irã no Iêmen – e os ataques subsequentes dos EUA e do Reino Unido – não estavam prejudicando o fornecimento de petróleo estimularam a realização de alguns lucros na segunda-feira, informou a Reuters. No entanto, os volumes foram limitados devido ao feriado no mercado dos EUA.

O atraso no início da semana de negociações nos EUA significará que os dados oficiais de estoques da Administração de Informações sobre Energia serão adiados em um dia, para quinta-feira, enquanto os dados do setor do Instituto Americano de Petróleo devem chegar na quarta-feira.

5. Gol avaliaria entrar em recuperação judicial

As ações da Gol Linhas Aéreas Inteligentes (BVMF:GOLL4) fecharam em forte queda ontem após notícias de que a companhia aérea avalia um eventual pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Os papéis fecharam o pregão em baixa de 6,05%, a R$7,14, mas chegaram a cair dois dígitos no pregão. Com dívidas de cerca de R$20 bilhões, R$3 bilhões devem vencer no curto prazo.

Segundo a EQI Investimentos, a aderência nos EUA traria mais vantagens, mas a companhia ainda estuda uma reestruturação das dívidas fora da Justiça. Enquanto isso, a Guide destaca que a posição de caixa e aplicações da empresa somariam pouco menos de R$1 bilhão.

As companhias aéreas tentam equilibrar as contas após a crise sofrida durante a pandemia de covid-19. No entanto, ainda que as receitas estejam em recuperação, o aumento dos custos envolvidos na aviação vem sendo um entrave.

Às 7h55 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) caía 1,02% no pré-mercado.

Investing.com – Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

 

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