Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira

Os principais índices de Wall Street apontavam para uma abertura em baixa das Bolsas em Nova York, após notícias de ataques israelenses ao Irã, o que gerou volatilidade nos mercados de petróleo e de criptomoedas.

No cenário corporativo, as ações da Netflix caem, depois que a gigante do streaming anunciou que interromperia a divulgação dos números trimestrais de assinantes.

No Brasil, dividendo extraordinário da Petrobras (BVMF:PETR4) segue em foco, mas expectativa é de que decisão não entre na pauta do Conselho de Administração da estatal desta sexta.

2. Bitcoin em foco antes do halving

Na sexta-feira, o Bitcoin, principal criptomoeda do mercado, registrava bastante volatilidade, negociando 5% mais alto a US$ 64.753,0 às 7h55 de Brasília, após uma queda para US$ 59.693 no início do dia devido a relatos de mísseis atingindo o Irã.

O ativo digital, que brevemente desceu abaixo do importante suporte de US$ 60.000, ainda está bem abaixo de sua máxima histórica de US$ 73.750 alcançada em março.

Com um aumento de mais de 2% no volume de negociação nas últimas 24 horas e uma capitalização de mercado de US$ 1,23 trilhão, o foco dos investidores se volta agora para o próximo halving, que reduzirá a recompensa por bloco minerado, previsto para ocorrer com a geração do bloco número 840.000 no blockchain do Bitcoin no próximo fim de semana.

O evento está ligado à noção de que a diminuição da oferta aumentará seu preço.

Halvings anteriores ocorreram em 2012, 2016 e 2020, e foram seguidos por altas significativas de preços.

3. Goldman sob pressão para separar as funções de CEO e presidente

Cresce a pressão sobre o Goldman Sachs (NYSE:GS) para que separe as funções de CEO e presidente do conselho, atualmente acumuladas por David Solomon.

O fundo soberano da Noruega, um dos maiores investidores globais com patrimônio de US$ 1,6 trilhão, anunciou que votará favoravelmente a uma proposta para dividir essas posições na próxima reunião anual do banco em 24 de abril.

As renomadas consultorias Institutional Shareholder Services e Glass Lewis já haviam recomendado que os acionistas endossassem essa medida.

O Norges Bank Investment Management, gestor do fundo norueguês e 12º maior acionista do Goldman Sachs, detém 0,84% do banco, correspondendo a um investimento de US$ 1,09 bilhão ao final de 2023.

Apesar do conselho do Goldman discordar dessa iniciativa, Solomon pode se valer dos resultados recentes para justificar sua gestão atual: o banco registrou um aumento de 28% no lucro no primeiro trimestre, alcançando US$ 4,13 bilhões, impulsionado pelo crescimento nas áreas de subscrição, operações e negociação de títulos, que elevaram o lucro por ação ao maior nível desde o final de 2021.

4. Petróleo volátil; explosões no Irã aumentam as preocupações com a oferta

Os preços do petróleo mostraram volatilidade após relatos de ataques com mísseis israelenses no Irã.

Na manhã de sexta-feira, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) operavam em queda de 0,47%, cotados a US$ 82,34 o barril, enquanto o Brent recuava 0,52%, para US$ 86,66 o barril.

Os índices chegaram a registrar alta de aproximadamente 3% no início do dia, após relatos de explosões em Isafahan, Irã, e declarações de uma autoridade dos EUA à ABC News sobre um ataque israelense na região.

Este episódio marca uma escalada no conflito do Oriente Médio, levando os investidores a incorporarem um prêmio de risco aos preços do petróleo. Contudo, os ataques foram considerados limitados e os ganhos iniciais rapidamente revertidos.

Os preços devem encerrar a semana com uma queda de cerca de 3%, refletindo expectativas de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros por mais tempo devido à resiliência econômica dos EUA.

Além disso, dados da China, maior importador mundial de petróleo, indicam que a demanda interna segue frágil, apesar de um crescimento econômico acima do esperado no primeiro trimestre.

5. Dividendo extraordinário da Petrobras em foco novamente

Investidores estarão atentos à repercussão sobre dividendos extraordinários diante da reunião do Conselho de Administração nesta sexta-feira. Apesar dos rumores de que o Conselho de Administração poderia tratar do tema antes de assembleia de acionistas, o entendimento agora é de que o assunto seria avaliado diretamente em assembleia de acionistas.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admitiu ontem que há possibilidade de que o governo leve uma proposta de diretamente à assembleia de acionistas, que está marcada para 25 de abril.

Agora, o governo federal, que é acionista majoritário, teria passado a defender a proposta da gestão de distribuir 50% do total. Em março, a decisão foi pela retenção de 100% dos R$43,9 bilhões que poderiam ser pagos na forma de dividendos extraordinários e os valores foram reservados na reserva estatutária para possível distribuição no futuro.

Prates foi um dos defensores da estratégia de pagar a metade do total, mas havia um forte embate com o governo a respeito do tema, o que levou a mais atritos com ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

As ADRs da Petrobras (NYSE:PBR) subiam 0,51%, no pré-mercado, a US$15,65.

O ETF EWZ (NYSE:EWZ) estava em baixa de 1,06%.

Investing.com –

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