Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira

Em Wall Street, as atenções se voltam para os resultados corporativos do primeiro trimestre e a evolução da crise envolvendo Israel e Irã no Oriente Médio.

Por aqui no Brasil, destaque para cortes do governo federal nas verbas de ministérios.

1. Goldman dá continuidade à temporada de balanços dos bancos nos EUA
A temporada de balanços do primeiro trimestre continua nesta semana em Wall Street, com mais números do setor bancário a serem divulgados por importantes instituições financeiras dos EUA.

O JPMorgan Chase (NYSE:JPM), o Citigroup (NYSE:C) e o Wells Fargo (NYSE:WFC) tiveram um início de temporada sem muito brilho na sexta-feira, com os três grandes bancos decepcionando os investidores, o que pesou sobre os principais índices americanos.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) estará no centro das atenções na segunda-feira, com o influente banco de investimentos pronto para divulgar seus últimos resultados antes do sino de abertura.

Os investidores estarão atentos às estimativas do Goldman para a receita líquida de juros, ou a diferença entre o que um banco ganha com empréstimos e o que paga por depósitos, dado o período prolongado de taxas de juros mais altas.

Além disso, os investidores estarão atentos para ver se o Goldman responderá aos recentes apelos para que divida as funções de CEO e chairman, ocupadas por David Solomon.

Um presidente independente “é quase sempre preferível a ter um único indivíduo liderando tanto o conselho quanto a equipe executiva”, escreveu o influente consultor Glass Lewis no início deste mês, reiterando uma recomendação do ano passado.

Os futuros das ações dos EUA subiram na segunda-feira, recuperando-se após a venda no final da semana passada, embora quaisquer ganhos provavelmente sejam limitados por notícias sobre a escalada das tensões no Oriente Médio.

Às 8h07 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,25%, mais alto, o S&P 500 futuros subia 0,43%, e o Nasdaq 100 futuros subia 0,51%.

Os principais índices fecharam em forte queda na sexta-feira, com o Dow Jones Industrial Average caindo quase 500 pontos, ou 1,2%, o S&P 500 caindo 1,5%, seu pior dia desde janeiro, e o Nasdaq Composite caindo 1,6%.

As perdas resultaram na queda de 2,4% do DJIA na semana passada, sua pior semana desde março de 2023, a queda de 1,5% do S&P 500, sua pior semana desde outubro de 2023, enquanto o Nasdaq Composite Index caiu 0,5%, sua terceira semana negativa consecutiva.

Os investidores estarão digerindo o aumento das tensões no Oriente Médio depois que o Irã lançou drones e mísseis contra Israel na noite de sábado, embora o risco tenha sido limitado depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os EUA não participarão de uma contraofensiva contra o Irã.

Em outros lugares, a temporada de lucros trimestrais continua, com destaque para os resultados do Goldman Sachs [veja acima], enquanto as vendas no varejo de março serão o principal lançamento de dados econômicos.

2. A Apple não é mais a fabricante de telefones número 1 do mundo
A Apple (NASDAQ:AAPL) parece ter perdido o posto de maior fabricante de smartphones do mundo, com dados da empresa de pesquisa IDC indicando que a Samsung (KS:005930) recuperou esse lugar na esteira do fraco primeiro trimestre do fabricante do iPhone.

As remessas de smartphones da Apple caíram cerca de 10% no primeiro trimestre de 2024, um período em que as remessas globais de smartphones aumentaram 7,8%, para 289,4 milhões de unidades. A Samsung, com 20,8% de participação de mercado, recuperou o primeiro lugar da Apple, após o forte desempenho da gigante da tecnologia dos EUA no trimestre de dezembro, quando ultrapassou a empresa sul-coreana como a fabricante de telefones número 1 do mundo.

A Apple voltou à segunda posição, com 17,3% de participação de mercado, enquanto a Xiaomi (OTC:XIACF), uma das principais fabricantes de smartphones da China, ocupou a terceira posição com uma participação de mercado de 14,1% durante o primeiro trimestre.

3. Possível corte de empregos na Tesla
A Tesla (NASDAQ:TSLA) pode estar prestes a anunciar demissões em larga escala, pois está enfrentando uma piora nas vendas, de acordo com notícias da Business Insider e da Electrek.

As manchetes surgem depois que a gigante dos veículos elétricos informou uma queda acentuada nas entregas do primeiro trimestre, em meio ao enfraquecimento da demanda e ao aumento da concorrência na China, o maior mercado automotivo do mundo.

A empresa também estabeleceu metas de produção mais fracas para 2024, e permanecem dúvidas sobre a continuidade dos planos para um veículo elétrico de baixo custo.

Os relatórios indicaram que a Tesla poderia anunciar as demissões já nesta semana, com a notícia da Electrek sugerindo que elas poderiam chegar a 20%, enquanto a Business Insider informou que a Tesla já havia reduzido os turnos de produção do Cybertruck.

Em uma nota divulgada na semana passada, os analistas do UBS revelaram que os resultados de sua pesquisa apontam para um caminho mais difícil para a fabricante de veículos elétricos.

O banco de investimentos disse que a estabilização da demanda por veículos elétricos e o aumento da concorrência na China podem afetar o crescimento da Tesla no curto e médio prazo.

“Dado que os resultados da pesquisa mostram, fora da China, um platô contínuo na demanda de EV e, dentro da China, mais concorrência, vemos os resultados como ventos contrários ao crescimento da unidade TSLA nos próximos anos”, afirmou o UBS.

4. Petróleo recua apesar do ataque do Irã a Israel
Os preços do petróleo recuaram na segunda-feira, já que os danos limitados causados pelo ataque do Irã a Israel no final do sábado diminuíram os temores sobre um conflito regional mais amplo, potencialmente atingindo a oferta dessa região rica em petróleo.

Às 8h07, os futuros do petróleo dos EUA foram negociados 0,86% mais baixos, a US$84,92 por barril, enquanto o contrato do Brent caiu 0,74%, para US$89,78 por barril.

Um ataque do Irã era amplamente esperado em retaliação a um suposto ataque aéreo israelense contra um importante comandante militar iraniano em Damasco na semana passada, e os índices de referência do petróleo subiram na sexta-feira para seus níveis mais altos desde outubro.

“O mercado já havia precificado alguma forma de ataque, embora os danos limitados e a ausência de perda de vidas signifiquem a possibilidade de uma resposta mais comedida por parte de Israel. A resposta de Israel é agora a principal incerteza”, disseram os analistas do ING, em uma nota.

O anúncio dos EUA de que não participarão de uma contraofensiva contra o Irã também limitou as preocupações. O Irã é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, produzindo mais de 3 milhões de barris por dia de petróleo bruto, e uma guerra total com Israel provavelmente atingiria gravemente o fornecimento global em um mercado já apertado.

5. Cortes orçamentários do governo
Em busca do cumprimento da meta fiscal, os cortes orçamentários em verbas de diversos ministérios passam de R$4 bilhões, afetando bolsas de estudos em universidades, a educação básica e o Ministério da Saúde, incluindo programas Criança Feliz, repasses para comunidades terapêuticas e a Farmácia Popular.

Também tiveram cortes os ministérios da Fazenda, Defesa, Segurança e Inteligência e Desenvolvimento e Assistência Social, visando adequação do orçamento à nova regra fiscal. Os gastos reduzidos são discricionários, sendo que o Ministério da Fazenda perdeu maior volume, R$485,8 milhões, de acordo com a Folha.

Ainda no cenário fiscal, a equipe econômica deve divulgar na hoje o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025.

Às 8h07 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,67% no pré-mercado.

Investing.com – Por Peter Nurse e Jessica Bahia de Melo

 

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