Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

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Em Wall Street, o CEO da Walt Disney (NYSE:DIS) declarou que a gigante do entretenimento entrou em uma “nova era”, depois de divulgar lucros trimestrais acima do esperado. O aumento da demanda por inteligência artificial leva a Arm a elevar suas projeções anuais, fazendo com que as ações da desenvolvedora de chips e do seu principal acionista, o SoftBank, subam. A receita do quarto trimestre da gigante do comércio eletrônico Alibaba não atinge as estimativas, já que novos dados sugerem que os problemas econômicos da China ainda não forneceram alívio. No Brasil, expectativa para divulgação dos dados oficiais de inflação.

1. Futuros dos EUA caem; Disney anuncia “nova era”; boom de IA em foco

Os futuros das ações dos EUA mostraram pouca variação na quinta-feira, com os investidores digerindo os resultados trimestrais de várias empresas.

Às 7h58 (de Brasília), o contrato S&P 500 futuros havia caído 0,07%, o Nasdaq 100 futuros estava praticamente inalterado e o Dow futuros havia caído 0,08%.

Na véspera, as bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas pelos balanços positivos de companhias como Ford (NYSE:F), Chipotle e Fortinet. O S&P 500 registrou um novo recorde, ao subir 0,8%, enquanto o Nasdaq avançou 1,0% e o Dow Jones ganhou 0,4%.

Por outro lado, os comentários de dirigentes do Fed reduziram as expectativas de cortes de juros nos EUA no curto prazo. Os juros dos títulos do Tesouro americano, que se movem na direção oposta aos preços, subiram.

O mercado acionário chinês também seguiu sob pressão, limitando o otimismo dos investidores. O CSI 300, índice que reúne as maiores ações da China, acumulava queda de mais de 2% no ano, mesmo com as medidas de estímulo adotadas por Pequim, como restrições às vendas a descoberto e trocas na liderança do órgão regulador do mercado de capitais.

As ações da Disney se valorizaram no pré-mercado dos EUA na quinta-feira, após a empresa de mídia e entretenimento superar as projeções de lucro no primeiro trimestre.

A Disney reportou um lucro ajustado por ação de US$ 1,22 no trimestre encerrado em dezembro, acima da estimativa média dos analistas de US$ 1,00, além de anunciar um programa de recompra de ações de US$ 3 bilhões e um aumento de 50% no seu dividendo trimestral. A empresa destacou que obteve uma redução de custos de US$ 500 milhões no período, e afirmou que estava no caminho para alcançar a rentabilidade no seu principal segmento de streaming até o final do ano.

Os números foram divulgados em meio a uma disputa entre a Disney e um grupo de acionistas ativistas, que querem ocupar cadeiras no conselho para implementar mudanças estratégicas que, segundo eles, impulsionarão o valor das ações da empresa. No entanto, o CEO da Disney, Bob Iger, se mostrou confiante após a divulgação dos resultados, dizendo que os dados indicavam que a empresa havia “superado os desafios e iniciado uma nova fase”.

Enquanto isso, as ações da Arm subiram no pré-mercado após o projetista de chips elevar sua projeção anual, em função do aumento da receita de royalties com a demanda por inteligência artificial.

Em seu segundo balanço desde a oferta pública inicial em setembro, a Arm disse que espera que o crescimento futuro seja “impulsionado pela necessidade de computação mais eficiente em termos de energia e capacidade de IA”.

A empresa britânica – que tem como apoiadores Nvidia, Intel (NASDAQ:INTC) e Apple (NASDAQ:AAPL) – também registrou um lucro ajustado por ação de US$ 0,29 no terceiro trimestre fiscal, superando a previsão média dos analistas de US$ 0,25.

A temporada de balanços continua hoje, com os resultados de empresas como Philip Morris, dona da Marlboro, ConocoPhillips (NYSE:COP), do setor de energia, e Take-Two (NASDAQ:TTWO), produtora de videogames.

2. SoftBank sobe com valorização da Arm; Alibaba decepciona com lucro

As ações da SoftBank Group Corp. (TYO:9984) avançaram na quinta-feira, após a valorização de cerca de US$ 16 bilhões de sua participação na Arm, sua subsidiária britânica de semicondutores.

A empresa japonesa de investimentos possui cerca de 90% da Arm, que viu suas ações dispararem no mercado noturno. Segundo a CNBC, a fatia da SoftBank na Arm ficou quase US$ 16 bilhões mais cara.

A SoftBank também voltou ao azul no último trimestre de 2023, beneficiada pela alta das ações de tecnologia impulsionadas pela inteligência artificial. Foi o primeiro lucro da empresa em cinco trimestres, após uma série de perdas no setor de tecnologia. O seu principal veículo de investimento, o Vision Fund, registrou um ganho de 600,73 bilhões de ienes nos três meses encerrados em 31 de dezembro.

Já as ações do Alibaba Group (NYSE:BABA) (HK:9988), de Hong Kong, recuaram, após o gigante do e-commerce reportar um lucro abaixo do esperado no quarto trimestre de 2023, enquanto um aumento de US$ 25 bilhões em seu programa de recompra de ações não animou os investidores.

O resultado fraco do Alibaba se deveu, principalmente, ao crescimento menor das receitas de seus principais negócios, o Taobao e o Tmall Group, refletindo a demanda enfraquecida dos consumidores na China.

A queda do Alibaba pesou sobre o índice Hang Seng, que fechou em baixa. Os recibos de depósitos americanos do grupo também perderam valor no pré-mercado.

3. Deflação se aprofunda na China

Os preços ao consumidor na China caíram pelo quarto mês seguido em janeiro, na comparação anual, mostrando as dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo chinês, que tenta tranquilizar os investidores nervosos.

O índice de preços ao consumidor do país recuou 0,8% em janeiro, ante o mesmo mês de 2023, um resultado pior do que a queda de 0,5% esperada pelo mercado e do que a retração de 0,3% registrada em dezembro. Na comparação mensal, os preços subiram 0,3%, abaixo da projeção de 0,4%, mas acima da alta de 0,1% observada em dezembro.

Os dados foram divulgados mesmo com o feriado de Ano Novo, que costuma impulsionar os gastos dos consumidores, especialmente com viagens e compras. O Banco Popular da China também injetou mais liquidez no sistema financeiro no mês.

No entanto, o ânimo dos consumidores na China tem sido baixo, diante das incertezas sobre a recuperação econômica após a pandemia. A esperada retomada após os severos lockdowns não se materializou em grande parte em 2023, colocando em dúvida a força da segunda maior economia do mundo.

4. Preços do petróleo avançam

Os preços do petróleo subiam na quinta-feira, com os investidores reagindo aos indicadores econômicos fracos do maior importador, a China, e às negociações instáveis do cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Os contratos futuros do petróleo Brent, para entrega em abril, avançaram 0,87%, para US$79,90 por barril, enquanto os do West Texas Intermediate crude futures, também para abril, subiram 0,80%, para US$ 74,45 por barril, às 7h58.

Os preços foram sustentados pela recusa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em aceitar um acordo de cessar-fogo proposto pelos líderes do Hamas, frustrando as expectativas de uma pausa nos confrontos na região.

5. Inflação no Brasil

O mercado aguarda a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 08. A expectativa consensual é de que o indicador oficial de inflação no país alcance 0,34%, levando o indicador em doze meses de 4,62% para 4,42%. Em dezembro o IPCA teve variação positiva de 0,56%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia do indicador, apresentou expansão de 0,31% em janeiro, puxado pelo grupo alimentação e bebidas, com alta de 1,53%. Por outro lado, o item passagens aéreas, dentro do grupo de transportes, recuou 15,24%.

O Banco Central estará atento à primeira divulgação da inflação neste ano após ter sinalizado novos cortes na taxa de juros básica da economia brasileira Selic. De acordo com comunicado e ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a magnitude dos cortes deve seguir a mesma nas próximas reuniões, com diminuições de meio ponto percentual.

Às 7h59 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,21% no pré-mercado.

Investing.com – Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

 

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