Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira
Os futuros das ações dos EUA apontavam para uma abertura em alta das Bolsas em Nova York, após uma sessão positiva na terça-feira, 4, com os mercados digerindo dados que indicam uma desaceleração na demanda de trabalho na maior economia do mundo.
As ações da Samsung sobem com comentários do CEO da Nvidia indicando que a empresa sul-coreana poderia começar a fornecer semicondutores à fabricante californiana de chips de inteligência artificial.
No Brasil, a cotação do dólar frente ao real atinge o maior nível desde março de 2023.
Confira a seguir mais detalhes sobre as notícias mais importantes hoje nos mercados financeiros!
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1. Futuros dos EUA em alta na espera do relatório da ADP
Os contratos futuros de ações nos EUA registravam alta na quarta-feira, com o mercado na expectativa de dados significativos sobre o emprego ainda nesta semana.
Às 7h58 (horário de Brasília), o Dow Jones avançava 0,13%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq 100 subiam 0,21% e 0,41%, respectivamente, no mercado futuro.
Os principais índices de Wall Street se valorizaram na sessão anterior, graças a indicadores que revelaram uma queda no número de vagas de emprego para o menor nível em mais de três anos em abril.
Os resultados mais fracos do que o esperado sugerem uma diminuição na demanda por mão de obra, reforçando a expectativa de que o Federal Reserve possa diminuir as taxas de juros ainda este ano. Teoricamente, um arrefecimento no mercado de trabalho poderia reduzir a pressão sobre o aumento dos salários e, consequentemente, sobre a inflação.
Os investidores terão a oportunidade de analisar mais indicadores de emprego ao longo da semana, incluindo o crucial relatório de empregos não-agrícolas na sexta-feira. Antes deste relatório vital, os dados da folha de pagamento privada (ADP) serão divulgados nesta quarta-feira.
Os economistas preveem que o relatório ADP mostre que houve 173.000 novas contratações em maio por parte de empregadores privados, um decréscimo em relação aos 192.000 do mês anterior. Isso seria mais uma evidência de que o mercado de trabalho americano está perdendo força após o significativo aumento nas taxas de juros promovido pelo Fed desde março de 2022.
Atualmente, as probabilidades de o Fed realizar um corte de 25 pontos-base em setembro estão em torno de 65%, segundo o monitoramento da ferramenta FedWatch da CME, um aumento em relação à probabilidade inferior a 50% da semana passada.
2. Ações da Samsung sobem com expectativa de fornecimento de chips para Nvidia
As ações da Samsung Electronics (KS:005930) operavam em alta, estimuladas pela expectativa de que a empresa sul-coreana em breve fornecerá chips de memória de alta largura de banda para a Nvidia (NASDAQ:NVDA).
Na terça-feira, Jensen Huang, CEO da Nvidia, informou aos jornalistas que a empresa californiana está em processo de certificar os chips HBM da Samsung. A aprovação nesse processo permite que a Samsung inicie o fornecimento desses componentes para a Nvidia, líder no setor de semicondutores e que tem sido central no atual entusiasmo pelas aplicações de inteligência artificial.
A Samsung recentemente demitiu o chefe de sua divisão de semicondutores em resposta a uma crise descrita no setor, enquanto a SK Hynix reportou o crescimento de receita mais rápido desde 2010.
3. Atividade de serviços da China cresce mais do que o esperado em maio – Caixin PMI
O setor de serviços da China registrou um crescimento acima do esperado em maio, de acordo com os dados mais recentes do índice de gerentes de compras (PMI) privados, divulgados na quarta-feira, impulsionados pelas contínuas políticas de estímulo econômico de Pequim.
O PMI de serviços do Caixin atingiu 54,0 em maio, superando as previsões de 52,6 e ultrapassando a marca de 52,5 registrada em abril.
O aumento nos novos negócios, impulsionado por uma melhora na demanda tanto local quanto internacional, foi um fator chave para o avanço do setor. A mais recente leitura do PMI de serviços revelou que o índice cresceu pelo décimo sétimo mês consecutivo.
Os resultados do PMI do Caixin contrastam com os dados oficiais do PMI, que foram divulgados na semana anterior e indicaram um crescimento mais lento das atividades não manufatureiras em maio em comparação com abril.
4. Petróleo ganha volatilidade após dados de estoques nos EUA
Os preços do petróleo registravam volatilidade nesta quarta, reagindo a um relatório que apontou um significativo aumento nos estoques nos Estados Unidos.
Às 7h58, os contratos futuros do WTI registravam alta de 0,30%, a US$73,47 por barril, e os do Brent cresciam 0,34%, alcançando US$77,78 por barril.
Na terça-feira, houve uma queda nos preços, continuando as perdas de uma baixa de quatro meses observada no início da semana.
O Instituto Americano do Petróleo reportou um aumento de aproximadamente 4 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA para a semana encerrada em 31 de maio. Os estoques de gasolina e destilados também aumentaram, gerando preocupações sobre a demanda no maior consumidor mundial de combustíveis, mesmo com a chegada da temporada de verão, tradicionalmente marcada por maior consumo.
Além disso, o mercado petrolífero foi afetado após uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), durante o fim de semana. O grupo deixou aberta a possibilidade de reversão gradual dos cortes voluntários adotados por oito de seus membros a partir de outubro, intensificando as preocupações sobre um possível excesso de oferta num cenário onde as altas taxas de juros já ameaçam enfraquecer a demanda global.
5. Câmbio em foco no Brasil
Investidores repercutem a apreciação do dólar frente ao real, que chegou próximo de R$5,30 nesta terça, no maior patamar desde março do ano passado. A liquidação de moedas emergentes esteve entre os motivos da alta do dólar, com real e outras moedas emergentes em queda, em um dia de retração nas cotações de commodities como minério de ferro e ouro. O tombo do peso mexicano com temores em relação à política econômica pode ter sido um dos gatilhos. “A surpresa eleitoral na Índia e a continuação das perdas do peso mexicano impactaram as moedas, que também sofreram influência da depreciação dos preços das commodities”, afirmou a Guide Investimentos.
Em entrevista ao Investing.com Brasil, Patricia Nomura, diretora de câmbio na Terra Investimentos, tanto o ambiente interno quando externo contribuem para um dólar forte frente ao real.
Entre os motivos, estariam mau humor do mercado com revisões das perspectivas de cortes de juros nos EUA. No Brasil, ruídos políticos, desancoragem da inflação e risco fiscal seguem no radar. A Terra Câmbio estima dólar em torno de R$5,10 ao final deste ano, enquanto economistas consultados pelo Boletim Focus do Banco Central preveem R$5,05.
Às 7h58 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,14%.
Investing.com – Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
