Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira
Os futuros das ações dos EUA sobem depois que o Senado votou a favor do aumento do teto da dívida, aumentando as esperanças de que os EUA evitarão um calote. Enquanto isso, os investidores aguardam a divulgação de um relatório de empregos de maio, que pode afetar os planos de política monetária do Federal Reserve. No Brasil, economistas começam a revisar projeções de crescimento deste ano após um Produto Interno Bruto (PIB) mais forte do que esperado no primeiro trimestre.
1. Senado aprova projeto de lei sobre o teto da dívida
Os senadores dos EUA votaram para aprovar um acordo para aumentar o limite de empréstimos do país e evitar um calote que ameaçava ter consequências globais.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, saudou a decisão, dizendo que ela permite que os EUA “respirem aliviados”.
Após semanas de conflitos partidários sobre um acordo para elevar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões, os legisladores de ambos os lados do corredor na câmara alta do Congresso foram amplamente uníssonos em seu apoio à legislação. A medida foi aprovada com o apoio de 63 senadores, enquanto 36 se opuseram.
O projeto de lei, que também recebeu o sinal verde da Câmara dos Deputados no início desta semana, suspende o teto da dívida até 2025 e limita alguns gastos federais. Para evitar um calote, o acordo só precisa agora da assinatura do Presidente Joe Biden antes de 5 de junho, quando o Departamento do Tesouro acredita que o governo poderá ficar sem dinheiro para pagar suas obrigações.
2. Payroll nos EUA em foco
Juntamente com o progresso do projeto de lei do teto da dívida no Congresso, os investidores também ficarão de olho na tão esperada divulgação do Relatório de empregos dos EUA, o payroll de maio.
Espera-se que os dados do Departamento do Trabalho mostrem que a maior economia do mundo criou 180.000 postos de trabalho durante o mês, abaixo dos 253.000 de abril.
As autoridades do Federal Reserve disseram que estarão atentas aos números enquanto tentam avaliar a situação do mercado de trabalho antes de sua próxima reunião de política de dois dias, que começará em 13 de junho.
Se os números apontarem para um arrefecimento na demanda de mão de obra, isso poderá dar suporte para que o Fed faça uma pausa em sua campanha de longa data de aumentos de taxa de juros com o objetivo de acabar com a inflação teimosamente elevada. Em teoria, um mercado de trabalho mais fraco pode contribuir para uma desaceleração no crescimento dos preços por meio de uma redução nas pressões salariais.
Entretanto, permanece o debate sobre se o Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece as taxas, deve pular um aumento em sua próxima reunião ou continuar com seu ciclo de aperto.
3. Petróleo sobe; reunião da OPEP+ à frente
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira, com a aprovação do limite da dívida pelo Senado acalmando as preocupações de que os EUA caiam em um default que ameaçava causar uma recessão no maior consumidor de petróleo do mundo.
Dito isso, os ganhos foram contidos por dados oficiais que mostram U.S. crude Os estoques aumentaram inesperadamente em quase 4,5 milhões de barris na semana passada, sugerindo uma oferta elevada e uma demanda menor, mesmo com o início da temporada de verão, que é muito movimentada.
Às 8h05 (de Brasília), os contratos futuros do petróleo dos EUA foram negociados em alta de 1,60%, a US$ 71,22 por barril, enquanto o contrato Brent subiu 1,43%, para US$ 75,34 por barril.
Os investidores também estarão atentos à última reunião deste fim de semana da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia. A incerteza sobre os futuros planos de produção do grupo paira sobre o encontro.
4. Futuros em alta, Lululemon sobe
Os futuros de ações em Wall Street subiram na sexta-feira, apoiados pelo alívio de que a aprovação do acordo sobre o teto da dívida pelo Senado significará que os EUA evitarão um calote.
Às 8h05 (de Brasília) o contrato de referência S&P 500 futuros ganhava 0,49%, o Dow futuros subia 0,50%, e o Nasdaq 100 futuros aumentava 0,45%.
Essa recuperação marcaria a continuação das negociações dinâmicas da sessão anterior, quando tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq 100 fecharam em seus níveis mais altos desde agosto do ano passado.
As ações também receberam um impulso na quinta-feira, depois que dois formuladores de políticas do Fed disseram no início desta semana que prefeririam pausar os aumentos das taxas na reunião de junho.
As ações da Lululemon Athletica Inc (NASDAQ:LULU) subiram mais de 14% nas negociações do pré-mercado na sexta-feira, depois que a varejista de roupas esportivas divulgou uma atualização de seus ganhos anuais e perspectivas de receita que superaram as estimativas de Wall Street.
A empresa sediada em Vancouver elevou sua orientação para o lucro por ação para o ano inteiro de US$ 11,74 a US$ 11,94, com vendas líquidas entre US$ 9,44 bilhões e US$ 9,51 bilhões. As previsões de consenso da Bloomberg colocaram os números em US$ 11,73 e US$ 9,36 bilhões, respectivamente.
Enquanto isso, o lucro do primeiro trimestre e a receita também superaram as expectativas graças, em grande parte, ao sólido desempenho na China e à redução dos custos de frete aéreo.
O CEO da Lululemon, Calvin McDonald, observou que o grupo não observou “nenhuma mudança” no comportamento de seus clientes, sugerindo que a demanda por suas roupas confortáveis e mais caras continua forte, apesar das pressões inflacionárias que pesaram sobre os gastos no varejo.
5. Revisões da expectativa de crescimento da economia brasileira em 2023
Com a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 1,9% no primeiro trimestre, acima das expectativas, bancos, economistas e analistas começam a revisar as projeções do indicador para 2023.
O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) revisou a projeção de PIB para este ano para 2,3%, mas reduziu a expectativa de 2024 para 1,8%. Segundo o BofA, a taxa de investimento apresentou recuo de 18,4% do PIB no 4T22 para 17,7% no primeiro trimestre deste ano, enquanto a taxa de poupança aumentou, passando de 17,4% para 18,1%, o que levantaria “uma bandeira vermelha para o crescimento no médio prazo”.
O UBS BB (BVMF:BBAS3), por sua vez, revisou a expectativa de 1,5% para 1,9% e afirmou que o crescimento brasileiro passa a ficar mais próximo da média de longo prazo. “O desempenho em tempo real do Brasil está indo bem, apesar da assimetria, e está se tornando mais claro que o país terá crescimento acima do consenso pelo quarto ano consecutivo”. Enquanto o consenso estima alta do crescimento de 1,3% para este ano, o UBS acredita que haverá revisões na próxima pesquisa Focus, do Banco Central. No entanto, o banco avalia que um choque positivo de oferta é necessário para o país mostrar um crescimento próximo à média dos últimos 20 anos de 2,2%. Além disso, perspectivas para preços de commodities são desafios para o crescimento, assim como as altas taxas de juros.
Às 8h05 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,54% no pré-mercado.
Investing.com – Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo