Abertura de mercado: o que esperar do Ibovespa e dólar nesta 2ª-feira

Neste início de semana, atenções voltadas à possibilidade de criação de uma moeda comum para transações comerciais entre Brasil e Argentina, visando aumentar o comércio entre os dois países. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a negociação mitigaria dificuldades de divisas da Argentina, com apenas US$ 40 bilhões de dólares em reservas, prejudicando as importações do seu principal parceiro comercial, o Brasil.

Olivier Blanchard, que já foi economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), classificou a medida como “insana”.

Nas redes sociais, o economista Nelson Marconi disse que espera que o governo brasileiro não execute essa ideia. “Já basta o que temos de problemas por aqui, e criar mais um, com inflação mais alta nos vizinhos, a consequente perda de autonomia para definir juros, câmbio e ainda tendo que atrelar as políticas fiscais”, avalia.

No cenário internacional, o Banco Central Europeu (BCE), deve aumentar as taxas de juros em 50 pontos-base em fevereiro e março, disse ontem Klaas Knot, membro do conselho do banco. Nos Estados Unidos, um grupo de parlamentares prepara um plano para evitar uma crise sobre o teto da dívida do país, substituindo o valor definido de US$31,4 trilhões de dólares por um limite em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Às 8h13, o ETF EWZ subia 1,41% no pré-mercado nos EUA, enquanto o Nasdaq 100 Futuros e o S&P 500 Futuros caíam 0,14% cada e o Dow Jones Futuros recuava 0,03%.

Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, subia 0,59%, a US$82,12. Já o Petróleo Brent Futuros tinha elevação de 0,64% a US$88,19.

As ADRs da Vale (NYSE:VALE) e da Petrobras (NYSE:PBR) estavam estáveis na pré-abertura, cotadas a US$18,12 e US$11,46.

Notícias do dia

Renegociação de dívidas — O governo federal estuda o lançamento do programa Desenrola, que deve ser anunciado neste mês, segundo o Valor, visando renegociação de pendências em atraso.

Atos antidemocráticos — A Polícia Federal começou a cruzar dados, utilizando imagens de câmeras dos três Poderes e de celulares dos participantes das ações durante o dia 8 de janeiro para identificar golpistas.

Boletim Focus —Economistas consultados pelo Banco Central esperam inflação e crescimento da economia brasileira mais altos em 2023.

Agenda do dia

Campos Neto — ​ Férias, é substituído pelo Diretor Otávio Ribeiro Damaso.

Otávio Ribeiro Damaso — Reunião com José Ramos Rocha Neto, Presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em São Paulo, sobre assuntos de regulação.

Luiz Inácio Lula da Silva — Embarcou para Argentina em sua primeira viagem internacional no novo governo.

Fernando Haddad — Participa da comitiva da visita oficial à Argentina.

Notícias corporativas

Americanas (BVMF:AMER3) — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que são acionistas de referência da varejista, alegaram desconhecer as inconsistências contábeis que culminaram na crise. As ações passam a ficar de fora dos índices da B3 (BVMF:B3SA3) após o pedido de recuperação judicial.

Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) — A instituição financeira nomeou Marco Geovane Tobias da Silva, que já foi vice-presidente do Bank of America (NYSE:BAC) no país, como CFO.

Santander (BVMF:SANB11) — Sérgio Rial, ex-CEO das Americanas, renunciou à presidência do Conselho de Administração do banco.

Cogna (BVMF:COGN3) — Emitiu R$ 500 milhões em debêntures para capital de giro, com foco em investidores qualificados.

Rumo (BVMF:RAIL3) — Concluiu as obras em trecho ferroviário da Malha Paulista, em São Carlos, onde retomou as operações.

Investing.com – Por Jessica Bahia Melo

 

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