Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira
O rali de alívio global continua com esperanças crescentes de que o Fed não ficará ainda mais agressivo quando se reunir na próxima semana. Os reguladores da China dizem aos bancos que abram as torneiras de crédito para desenvolvedores para evitar os danos de um boicote ao pagamento de compradores de casas. Bank of America, Goldman Sachs e IBM todos relatam seus resultados, enquanto no Brasil a agenda está esvaziada. Os preços do petróleo aumentam à medida que a visita do presidente Joe Biden à Arábia Saudita não gera uma resposta imediata.
Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na segunda-feira, 18 de julho.
1. Comício de alívio continua com convicção Fed levantará apenas 75 bps na próxima semana
O rali do risco global continuou após os dados econômicos de sexta-feira e um relatório do Wall Street Journal fortalecerem a crença de que o Federal Reserve não apertará a política monetária de forma mais agressiva do que já fez.
Os mercados dos EUA desencadearam um rali global na sexta-feira, depois que o índice sentimento do consumidor da Universidade de Michigan sugeriu que o Fed está vencendo a batalha para interromper as expectativas de alta contínua da inflação, tornando-se enraizado. O WSJ, por sua vez, informou que as autoridades do Fed estão se inclinando para um aumento da taxa de apenas 75 pontos base na próxima semana, em vez de 100 pontos base que os mercados começaram a precificar após o choque do relatório de inflação de junho.
Essa melhora no sentimento de risco está sendo sentida nos mercados mundiais de ações e títulos e em criptomoedas, onde o Bitcoin saltou acima de US$ 22.000 pela primeira vez em quase duas semanas.
2. China ordena que bancos emprestem a construtoras
As autoridades chinesas tomaram medidas para evitar uma revolta dos compradores de casas, que se recusam a pagar suas hipotecas em protesto pela falha das incorporadoras em entregar apartamentos pré-vendidos.
O regulador bancário da China ordenou que os credores dessem crédito a construtoras imobiliárias qualificadas para a conclusão de casas inacabadas, o maior relaxamento das restrições de empréstimos impostas há quase um ano. O teto do banco central para empréstimos imobiliários no ano passado foi um fator importante por trás da onda de inadimplência que se seguiu em um setor que representa 20% do PIB chinês.
O boicote às hipotecas, que se espalhou como um incêndio na semana passada, ameaça secar uma das últimas fontes restantes de liquidez para o setor, com consequências potencialmente graves para os bancos que estão fortemente expostos a ele.
3. Mercado de ações americanas
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta, com o foco firme em uma temporada de resultados que ganhará impulso nesta semana.
Às 08h36, os futuros da Nasdaq 100 subiam 1,23%, enquanto os da Dow Jones e da S&P 500 avançavam 1,02% e 0,97%, respectivamente.
Os grandes números de ganhos hoje virão do Bank of America (NYSE:BAC) (BVMF:BOAC34), Goldman Sachs (NYSE:GS) (BVMF:GSGI34) e Charles Schwab (NYSE:SCHW) antes da abertura, enquanto a IBM (NYSE:IBM) (BVMF:IBMB34) anuncia após o sino.
Em outros lugares, a pesquisa da Associação Nacional de Construtores de Casas sobre o mercado imobiliário é devida. O principal índice de atividade do NAHB caiu para o menor nível em quase dois anos no mês passado, sinal de que um dos setores que mais preocupam o Fed nos últimos meses é o arrefecimento.
4. Semana sem indicadores
A semana para o mercado brasileiro começa sem grandes expectativas, com o calendário econômico esvaziado, a temporada de balanços ainda devagar e o Congresso iniciando o seu recesso, que deve se estender até o dia 31 de julho.
Ainda há algumas repercussões sobre a aprovação da PEC dos Benefícios, com os ministros do TCU prevendo problemas futuros, segundo a Bloomberg. De acordo com a notícia, o trecho em que detalha a criação de um estado de emergência foi criado como um mecanismo para driblar a lei eleitoral e os técnicos responsáveis pela sua elaboração podem responder algum processo por isso eventualmente.
Além disso, o mercado já trabalha com a possibilidade das “bondades” terem um efeito rebote na inflação, contrariando os esforços do Banco Central em tentar controlar a alta nos preços. A curva de juros já embute nos preços um cenário de Selic entre 14,25% e 14,5% até o final de 2022 e com poucos cortes em 2023.
Às 08h38, o ETF EWZ subia 1,47% no pré-mercado americano.
5. Petróleo sobe à medida que a Arábia Saudita despreza Biden
Os preços do petróleo bruto subiram depois que a visita do presidente Joe Biden à Arábia Saudita não conseguiu provocar qualquer aumento imediato no fornecimento de petróleo do Reino do Deserto – embora as autoridades sauditas tenham sinalizado que esse seria o caso com antecedência.
O mercado ficou desapontado com os comentários do ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, que disse que uma cúpula EUA-Árabes no sábado não discutiu petróleo e que o fórum da Opep + ainda era o veículo através do qual o reino realizava sua política de saída.
Às 08h39, os futuros de petróleo nos EUA avançavam 1,33%, a US$ 95,83 o barril, enquanto os de Brent subiam 1,58%, a R$ 102,76.
Investing.com – Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo