Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira

O Federal Reserve está pronto para o maior aumento da taxa de juros em 20 anos, enquanto a Índia também elevou as taxas e o BCE deu um passo mais perto de um aumento da taxa de julho durante a noite. A UE confirma sua intenção de banir o petróleo russo de seu mercado até o final do ano, levando o petróleo de volta às suas máximas do ano. As ações do Lyft despencaram depois que a empresa de carona alerta sobre problemas para colocar os motoristas nas ruas e o Uber adiantou sua divulgação de ganhos programada. No entanto, Airbnb, AMD e Starbucks contribuem para uma sessão noturna positiva.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quarta-feira, 4 de maio.

1. Fed deve subir os juros em 50 bps

Federal Reserve deve aumentar o juros oficial dos EUA em 50 pontos-base, seu maior aumento único em 20 anos, com o objetivo de reduzir a inflação de uma alta de 40 anos. A decisão está prevista para às 15h e a conferência de imprensa do presidente Jerome Powell segue meia hora depois.

Autoridades do Fed orientaram consistentemente nas últimas semanas para a medida, deixando pouco espaço para surpresas. Isso deixa a orientação sobre o balanço do Fed como a variável principal, onde as opiniões divergem sobre quando deve iniciar as vendas ativas de seu portfólio de títulos e com que rapidez deve descarregar títulos no mercado.

O ‘gráfico de pontos’ do Fed das expectativas de taxas futuras também pode refletir quaisquer temores nascentes de que um aperto excessivo possa prejudicar uma economia que já mostra sinais de desaceleração em alguns setores. Aplicações de hipotecas semanais e a pesquisa ISM não-manufatura podem fornecer novas evidências antes que o Fed tome sua decisão.

Em outros lugares, o ciclo de aperto monetário global continua, com o Reserve Bank of India seguindo seu homólogo australiano ao anunciar um surprise rate hike mais cedo. Outro alto funcionário do Banco Central Europeu também abriu a porta para um primeiro rate hike na zona do euro em julho.

2. Decisão dos juros no Brasil

Nesta “Super Quarta”, além da expectativa pela decisão do Federal Reserve sobre os juros nos Estados Unidos, no Brasil a atenção está voltada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O mercado espera pela elevação de 1 p.p. na Taxa Selic, para 12,75% a.a., e também por alguma indicação a respeito do fim do ciclo de alta dos juros. A decisão do Copom deve ser anunciada após às 18h30.

Enquanto isso, o noticiário corporativo ganha destaque, com o julgamento sobre a capitalização da Eletrobras (SA:ELET3) no Tribunal de Contas da União (TCU) se arrastando mais do que o previsto. O ministro do TCU Vital do Rêgo, que já havia interrompido o julgamento ao pedir vista do processo, solicitou mais detalhes dos estudos sobre a desestatização da empresa.

Segundo informações obtidas pelo Valor Econômico, Vital estaria preocupado com o processo de segregação de Itaipu da holding Eletrobras. O questionamento estaria centrado se o projeto da hidrelétrica e o sistema de transmissão da usina teriam ou não recebido valores do empréstimo compulsório de energia criado em 1972.

Agora, o julgamento no TCU deve ser retomado no dia 18 de maio, quando o esperado antes era no dia 13, o que coloca mais pressão no prazo para a conclusão da privatização da Eletrobras.

3. Mercado de ações americanas

Os mercados de ações dos EUA devem abrir principalmente em alta antes da reunião do Fed, apoiados por alguns fortes relatórios de balanços de empresas como a fabricante de chips Advanced Micro Devices (NASDAQ: AMD), Airbnb (NASDAQ:ABNB) (SA:AIRB34)e até Starbucks (NASDAQ:SBUX) (SA:SBUB34), cuja capacidade de fazer face ao aumento dos custos e ao encerramento das suas lojas chinesas tinha sido motivo de alguma preocupação.

Às 08h25, os futuros da Nasdaq 100 subiam 0,31%, enquanto os da S&P 500 e da Dow Jones avançavam 0,38% e 0,35%, respectivamente. Todos os três índices de caixa registraram ganhos modestos na terça-feira.

Os destaques dos balanços desta quarta-feira incluem MarriottRegeneron (NASDAQ:REGN), KFC Ltd (TYO:3420) e proprietário da Pizza Hut Yum ! Brands (NYSE:YUM) e BorgWarner (NYSE:BWA) antes da abertura e {{erl-13072||Booking} } (NASDAQ:BKNG) (SA:BKNG34), MetLife (NYSE:MET), eBay (NASDAQ:EBAY) (SA:EBAY34) e Pioneer Natural Resources (NYSE:PXD) fora do horário comercial.

4. Lyft trava no pré-mercado após aviso sobre os custos do motorista

Um relatório específico digno de nota será o do Uber (NYSE:UBER) (NYSE:{1115848|UBER}}), que estava originalmente programado para ser divulgado após o fechamento, mas que adiantou o lançamento para às 8h, de acordo com a Bloomberg.

Isso segue uma atualização alarmante de seu rival Lyft (NASDAQ:LYFT) após o expediente de terça-feira, que fez as ações da empresa de carona cair 27%. A Lyft disse que teria que gastar mais para atrair motoristas, ampliando ainda mais o cronograma para geração de caixa sustentada.

A Uber sofreu com preocupações semelhantes em um grau menos agudo, e seus últimos trimestres foram reforçados pelo sólido crescimento em seus negócios de entrega de alimentos. No entanto, continua sendo deficitário. As ações da Uber caíram 4% nas negociações de pré-mercado.

5. Europa levanta mais sanções contra a Rússia

A União Europeia confirmou sua intenção de |eliminar suas compras de petróleo russo e produtos refinados até o final do ano, aumentando sua pressão econômica sobre o Kremlin.

O mais recente pacote de sanções da UE também desvincula o maior banco da Rússia, o Sberbank (MCX:SBER), e dois outros grandes bancos estatais do sistema de mensagens SWIFT, aproximando-o das medidas dos EUA e do Reino Unido e também proíbe consultores e empresas de relações públicas de atender empresas russas.

As medidas precisarão ser aprovadas por todos os 27 estados membros. Não houve confirmação imediata de relatórios sugerindo cortes no fornecimento de petróleo para a Hungria e a Eslováquia, que têm o mais alto nível de dependência do petróleo entregue através de oleodutos da era soviética.

Os preços do petróleo bruto subiram novamente em resposta ao pacote de sanções da UE, embora os detalhes não tenham sido uma surpresa depois de serem sinalizados por autoridades no início da semana. o entanto, abrem caminho para uma nova escalada do conflito, que tem o potencial de exacerbar a perturbação existente na economia mundial.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto permitindo que a Rússia suspenda as exportações de uma série de produtos, incluindo metais e grãos para “países hostis”. Os relatórios também sugerem que Putin está considerando uma declaração formal de guerra por volta do aniversário da próxima semana do fim da Segunda Guerra Mundial, permitindo que ele expanda o recrutamento e coloque toda a economia em pé de guerra.

Às 08h32, os futuros de petróleo nos EUA avançavam 4,10%, a US$ 106,61, enquanto os de Brent subiam 3,95%, a US$ 109,12.

Os dados de inventário semanais do governo dos EUA devem ser divulgados às 11h30, como de costume, um dia após o American Petroleum Institute ter relatado uma queda maior do que o esperado no petróleo bruto ações.

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo

Fonte: br.investing.com

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