Presidente da Petrobras diz que estatal não pode “segurar preços”

Silva e Luna reforçou que a direção da empresa tem tentado evitar que a volatilidade da política de paridade internacional seja repassada de imediato ao consumidor

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, defendeu que a estatal mantenha a política de preço de mercado nos combustíveis. Segundo ele, “segurar” os preços poderia impactar o abastecimento do setor, que ainda depende da importação de petróleo.

“Estamos buscando outros caminhos que não seja a Petrobras segurar preços, até porque legalmente a Petrobras tem que praticar preço de mercado, se comportar como empresa privada”, afirmou em participação de evento promovido pelo Credit Suisse nesta quinta-feira.

“Sabemos o prejuízo que é tentar segurar preço de forma artificial. Vamos perder muitos investimentos e importação de diesel, gás, petróleo. Se não houver preço competitivo, não há como suprir esse mercado”, completou.

Ainda assim, Silva e Luna reforçou que a direção da empresa tem tentado evitar que a volatilidade da política de paridade internacional seja repassada de imediato ao consumidor.

“Esperamos movimentos que se tornem mais estruturais. Chegamos a ficar 90 ou 70 dias sem fazer alteração de preços. Isso demonstra que a Petrobras consegue acompanhar a paridade, manter o mercado abastecido e dar oportunidade para que outros importadores participem do abastecimento do mercado, além de manter o preço competitivo”, disse.

Redução de carbono

O CEO da Petrobras ainda comentou sobre a intenção de reduzir as emissões de carbono e o investimento em geração de energia sustentável.

“Criamos um comitê de investimento e pesquisa em novas tecnologias para investir em outras opções. Tem uma série de fatores que precisa passar por esse comitê para avançarmos nessa direção. Não estamos enxergando nenhum tipo ainda de energia que faz parte dessa frente. Estamos focados no momento na melhor produção com o melhor nível de carbono. Sabemos que essa transição vai continuar, mas acreditamos que o petróleo ainda será uma fonte energética que vai durar bastante tempo. Para isso, precisamos ter a capacidade de produzir com o menor índice de carbono possível e a um preço resiliente, de modo que com a redução de incentivo nessa área ainda possamos ser competitivos nessa área”, acrescentou.

Fonte: cnnbrasil.com.br

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