Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira
por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo
Investing.com – Os rendimentos dos títulos americanos aumentam em todo o mundo à medida que as atas da última reunião de política do Federal Reserve esboçam um aperto monetário mais agressivo este ano do que o esperado. No Brasil, o tom duro do Fed derrubou a bolsa. Espera-se que as ações de tecnologia cedam mais terreno quando o mercado dos EUA abrir mais tarde, mas o setor financeiro e outros cíclicos estão se segurando. A cervejaria Corona Constellation Brands (NYSE:STZ) e a Walgreens Boots Alliance Inc (NASDAQ:WBA) (SA:WGBA34) relatam seus balanços, e a Rússia e seus aliados devem enviar tropas ao Cazaquistão para tentar reprimir protestos violentos no país.
Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quinta-feira, 6 de janeiro.
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1. Títulos assustados por ata do Fed
Os rendimentos dos títulos americanos continuaram subindo, colocando nova pressão sobre as ações de tecnologia e os ativos de risco de forma mais geral, depois que a ata da última reunião do Federal Reserve levantou a possibilidade de o Fed reverter algumas das compras de ativos dos últimos dois anos.
As atas da reunião de dezembro do Fed não apenas indicaram que a primeira taxa de juros deste ano pode vir já em março, mas também notaram que alguns formuladores de políticas cogitaram a ideia de vender parte dos US $ 8,7 trilhões em títulos que o Fed acumulou em seu balanço patrimonial na última década por meio de suas políticas de “flexibilização quantitativa”.
O rendimento de referência de 10 anos subiu para 1,74% no comércio da madrugada, o maior desde abril do ano passado. O rendimento de 30 anos subiu para uma alta de três meses de 2,13%. Isso também elevou os rendimentos dos títulos globais, os investidores foram forçados a repreciar o risco de outros bancos centrais elevarem as taxas de juros para acompanhar o aperto do Fed.
2. Mau humor no mercado brasileiro
O tom mais duro da ata do Fed fez com que investidores ao redor do mundo fugissem de risco, o que no Brasil fez com que o Ibovespa fechasse o dia com queda de 2,42%, aos 101.006 pontos, e o dólar subisse 0,47%, a R$ 5,7161, com a cautela potencializada pelos já conhecidos riscos fiscais e políticos do país.
O mercado brasileiro já operava em queda antes do comunicado do BC americanos, isso porque era dia de resgate em fundos de ações e multimercados, o que já costuma trazer um movimento descendente por causa da liquidação de papéis. Assim, a notícia vinda dos EUA apenas intensificou esse movimento, segundo especialistas.
Já no noticiário corporativo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que a oferta de ações da Eletrobras (SA:ELET3), necessária para o processo de privatização da estatal, deve ocorrer em março.
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3. Mercado de ações americanas
Provavelmente haverá uma nova pressão sobre as ações de “tecnologia sem fins lucrativos” no mercado americano mais tarde.
Às 08h59, os futuros da Dow Jones avançavam 0,15%, enquanto os da Nasdaq 100 e da S&P 500 recuavam 0,52% e 0,08%, respectivamente.
As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem a Nike (NYSE:NKE), que lançou uma ação legal contra a empresa de roupas esportivas Lululemon. A Constellation Brands relata lucros depois, assim como a Conagra Foods e Walgreens Boots.
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4. A Rússia preparada para enviar tropas ao Cazaquistão
A Rússia e seus aliados enviarão tropas para reprimir protestos no vizinho Cazaquistão, que supostamente causaram dezenas de mortes nos últimos dois dias. Protestos contra anos de cleptocracia, desencadeados pelo último aumento acentuado nos preços dos combustíveis, estouraram no país.
Os protestos ameaçam interromper as exportações de petróleo e gás não apenas do Cazaquistão, mas também do Turcomenistão, mais ao sul. Ambos são fornecedores significativos de gás natural para a China. O Cazaquistão também é um grande exportador de cobre e o maior exportador mundial de urânio.
O maior projeto de petróleo em terra do país, que é operado por uma empresa liderada pela Chevron (NYSE:CVX), também foi afetado pelos protestos. Os protestos ocorreram após o 10º aniversário do massacre de trabalhadores do petróleo em greve na cidade de Zhanaozhen pelas forças de segurança do então presidente Nursultan Nazarbayev, que continuou a exercer o poder nos bastidores desde que deixou a presidência há dois anos.
5. O petróleo sobe no Cazaquistão e preocupa a Opep
Os preços do petróleo bruto aumentaram em resposta aos acontecimentos no Cazaquistão e à crescente consciência de que a promessa da OPEP e da Rússia de aumentar a produção de petróleo em fevereiro provavelmente será impossível de cumprir, devido ao subinvestimento no passado.
Apenas dois grandes produtores no mundo – Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – são capazes atualmente de bombear mais petróleo do que há dois anos, de acordo com o chefe de pesquisa de commodities do Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), Jeff Currie.
Isso dificultará a reposição dos estoques globais que agora estão abaixo de suas médias históricas de cinco anos, a menos que a disseminação contínua da variante do Ômicron leve a medidas mais agressivas para reduzir a mobilidade.
Às 09h02, os futuros de petróleo nos EUA avançavam 1,30%, a US$ 78,86, enquanto os de Brent subiam 1,09%, a US$ 81,68.
Fonte:br.investing.com