Pré-Mercado: Ibovespa pode ter mais um dia de alta

Oportunidades do dia

Dia decisivo na Semana da Renda Fixa

Hoje é o dia da última reunião do Copom do ano, em que será decidida enfim a taxa Selic. Gabriel Mallet, nosso head de renda fixa, vai enviar uma oportunidade imperdível no seu e-mail; o que posso adiantar é que não terá limite de aporte. Atenção à sua caixa de entrada por volta das 10h!

Bom dia, pessoal!

Nesta quarta-feira (8), as ações asiáticas tiveram mais um bom dia após outra grande alta em Wall Street ontem (7), com os investidores apostando que a nova variante do coronavírus – considerada uma cepa de baixa gravidade, apesar de muito transmissível — não representará uma grande ameaça para a economia.

O movimento na Ásia se deu apesar de o Japão ter sua estimativa de crescimento para o último trimestre rebaixada para -3,6% de uma contração relatada anteriormente de 3%.

A mudança refletiu a redução da demanda e do comércio, além de níveis mais baixos de estoques privados.

Como o parlamento japonês deve aprovar um pacote de estímulo recorde proposto de 56 trilhões de ienes (US$ 490 bilhões), o mercado ficou menos preocupado.

Já as Bolsas europeias, por sua vez, não conseguem definir uma direção única nesta manhã, em um movimento de ajuste depois da alta de ontem e receio pelos atritos entre Ucrânia e Rússia.

Pelo menos os futuros americanos conseguem sustentar a continuidade do otimismo verificado até aqui, não tornando-se impeditivos para um Ibovespa com mais um dia de alta.

Problema resolvido? Espera mais um pouquinho…

Na noite de ontem, o Senado e a Câmara entraram em um acordo para a PEC dos Precatórios.

Para hoje, inclusive, está prevista a promulgação parcial da emenda constitucional que trata dos precatórios e da mudança no teto de gastos, garantindo espaço fiscal de R$ 60 bilhões, o que pode dar mais gás para o mercado brasileiro, que já conseguiu seu quarto dia de alta seguido.

No mais tardar, segundo as lideranças congressistas, os imbróglios devem ser resolvidos até o final da semana que vem, antes do prazo final do dia 22 de dezembro.

Se esse fosse o único tema do dia, as coisas estariam mais tranquilas. Ainda temos o Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciando a taxa básica de juros (Selic) depois do fechamento de mercado.

A expectativa generalizada é por uma alta de 150 pontos-base da Selic, colocando-a em 9,25% ao ano.

A grande dúvida está no comunicado que acompanha a decisão, se ele vai contratar mais uma alta de mesma amplitude, preocupado com a ancoragem das expectativas de inflação, ou se já vai começar a desacelerar.

Ânimo americano

Se formos nos recordar, há menos de duas semanas, o humor do mercado estava decididamente diferente do de agora.

A nova variante do coronavírus ameaçava forçar novos bloqueios em todo o mundo, ao mesmo tempo que os EUA enfrentavam uma batalha pelo teto da dívida e o Federal Reserve começava a apertar sua política monetária. Ainda bem que as coisas parecem ter mudado.

Tanto é verdade que o Nasdaq e o S&P 500 tiveram seu melhor dia desde março, quando a vacinação contra a Covid-19 estava aumentando e os americanos se sentiam otimistas com seu verão pós-pandemia.

Enquanto isso, no âmbito político, os legisladores chegaram a um acordo que permite aos democratas aumentar o teto da dívida.

O acordo abre caminho para que o teto da dívida seja aumentado poucos dias antes de o país enfrentar um calote sem precedentes, o que alivia bastante a tensão sobre os mercados.

Uma variante mais suave?

A recuperação desta semana tem ocorrido depois que o mercado registrou duas semanas de quedas consecutivas, pressionado por preocupações sobre a propagação da variante ômicron.

Os recentes comentários do Dr. Anthony Fauci, o principal conselheiro médico da Casa Branca, sugerem que a nova variante pode ser menos perigosa do que a delta e têm encorajado os investidores, mesmo que leve mais algumas semanas para saber se ela de fato é mais contagiosa, se causa quadros mais graves ou se é mais resistente às vacinas.

Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que as vacinações devem prevenir casos graves de Covid-19 relacionados à ômicron.

Até o momento, as restrições relacionadas à variante geralmente não afetaram a economia diretamente, apesar dos ruídos na Europa.

Uma alternativa encontrada por alguns países e algumas cidades americanas é o mandato/passaporte de vacinação, o que evitaria que pessoas não vacinadas frequentassem aglomerações.

A medida é polêmica e enfrenta resistência, mas aparece como alternativa nesta etapa da pandemia – ninguém mais quer fechar a economia.

Anote aí!

Lá fora, nos EUA, o destaque do dia está na Pesquisa de Abertura de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTS, na sigla em inglês).

Os economistas preveem 10,5 milhões de vagas no último dia útil de outubro, apenas 600 mil a menos que o recorde de 11,1 milhões em julho. Com a escassez de mão de obra em foco, os dados de hoje aumentaram de importância.

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