China diz a Evergrande para evitar calote de títulos denominados em dólar
Por Clare Jim e Anshuman Daga e Tom Westbrook
HONG KONG/CINGAPURA (Reuters) – Reguladores chineses pediram ao China Evergrande Group (HK:3333) para evitar um calote de curto prazo em seus títulos denomidados em dólar, informou a Bloomberg Law nesta quinta-feira, data em que a endividada incorporadora imobiliária deve fazer pagamento de juros de sua dívida “offshore”.
Em uma reunião recente com a China Evergrande Group (HK:3333), os reguladores disseram que a empresa deveria se comunicar proativamente com os detentores de títulos para evitar inadimplência, mas não deu uma orientação mais específica, informou a Bloomberg, citando uma pessoa familiarizada com o assunto.
O Wall Street Journal noticiou separadamente nesta quinta-feira que as autoridades chinesas estavam pedindo aos governos locais que se preparassem para possível quebra da Evergrande, citando autoridades familiarizadas com as discussões.
Os governos locais foram obrigados a reunir grupos de contadores e especialistas jurídicos para examinar as finanças em torno das operações da Evergrande em suas respectivas regiões, disse o jornal.
Eles também foram obrigados a conversar com incorporadoras estatais e privadas locais para se prepararem para assumir projetos e formar equipes de aplicação da lei para monitorar a ira pública e os chamados incidentes em massa, um eufemismo para protestos, disse o WSJ.
Um porta-voz da Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China, se recusou a comentar as duas reportagens.
O presidente da Evergrande, Hui Ka Yan, instou seus executivos na noite de quarta-feira a garantir a entrega de propriedades de qualidade e o resgate de seus produtos de gestão de fortunas, que normalmente são mantidos por milhões de investidores individuais na China.
Ele não mencionou a dívida “offshore” da empresa.
Analistas disseram que as medidas enfatizaram a pressão política sobre a Evergrande, cujos passivos chegam a 2% do Produto Interno Bruto da China, para conter as consequências de sua crise de crédito e proteger pequenos investidores em detrimento dos credores profissionais.
Fonte: Investing.com